Mergulhamos, por fim, entre corpos gelatinosos suspensos das águas atlânticas. Evocam-se as matérias que crescem e vivem nesse ciclo líquido, desde as algas que vêm até nós nos meses de verão aos milhares de microrganismos que asseguram a vida marinha. As imagens revelam-nos mundos invisíveis, de colónias que crescem, que se expandem e se organizam. O som transporta-nos para um estado de sincronia com o tempo das marés, e neste ambiente submerso, o ritmo desacelera, os pensamentos dissolvem-se e o corpo abranda.
Finally, we dive into the gelatinous bodies suspended in the Atlantic waters. The materials that grow and live in this liquid cycle are evoked, from the algae that come to us in the summer months to the thousands of microorganisms that ensure marine life. The images reveal invisible worlds of colonies that grow, expand and organise themselves. The sound transports us to a state synchronized with the ocean tides, and in this submerged environment, the rhythm slows down, thoughts dissolve, and the body rests.

Fotos: Nuno Coelho
Mariana Vilanova é artista plástica sediada no Porto. Através de fotografia, vídeo ou de instalações multimédia tem vindo a apresentar trabalhos que nos aproximam de desafios do século XXI, como o impacto do avanço tecnológico no ser humano e no planeta. É licenciada em Artes Plásticas (FBAUP) e Mestre em Multimédia (FEUP). Expõe regularmente desde 2016, em território nacional e internacional destacando Na Faina do Argaço (2024), comissariado pelo Batalha Centro de Cinema; e as exposições Análise de um paraíso fugaz (gnration, 2023), com Marcelo Reis, resultado da residência artística Scale Travels (NOA, INL), Solastalgia (Galeria Ócio, 2022), e Before and After Us (RAMPA, 2021).