Invenção do pensar é uma performance, conversa, solilóquio, entre mim e um coral-cérebro. Espécies hermafroditas, os corais-cérebros possuem células reprodutivas para ambos os sexos num mesmo indivíduo. No processo de reprodução, ocorre fecundação externa na qual os gametas são dispersos de maneira sincronizada na água. Em seguida, as larvas desenvolvem-se até a forma de plâncton dos cnidários (pólipos) que são levados pelas correntes e marés até ocorrer a fixação no substrato ou serem predados por outros organismos.
Fotos: Nuno Coelho
António Poppe é poeta, artista visual, performer, vive e trabalha em Lisboa.
Frequentou a licenciatura de Zoo-tecnologia, concluiu o curso avançado de artes visuais do Ar.Co, em Lisboa, e estudou desenho e escultura no Royal College of Arts, Londres. Fez o mestrado em Arte Performativa e Cinema pela School of the Art Institute of Chicago, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian e Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento. Autor de um trabalho híbrido entre as artes visuais, a performance e a poesia, que tem apresentado desde 1996, em várias instituições culturais e galerias como, o Museu de Serralves, MAAT, Culturgest, Gulbenkian, Fundação Carmona e Costa, Museu Soares dos Reis, Galeria ZDB, Galeria 111, Casa Fernando Pessoa, GIAJG, entre outros. Publicou cinco livros: Torre de Juan Abad (Assírio e Alvim), Livro da Luz (Documenta), Medicin (Douda Correria), Come Coral (Douda Correria), O Agitador e a Corrente (escrito com Mumtazz e publicado na Mariposa Azual).