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Contemporânea

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    Pedro Barateiro: Love Song

    Centro de Cinema Batalha, Porto
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    Um filme sobre crescer com tecnologia e os laços entre agentes humanos e não-humanos, “Love Song” é ao mesmo tempo autobiografia e autoficção. O filme aborda a subjetividade e a percepção das mudanças que transformam o indivíduo e o coletivo. “Love Song” parte da minha adolescência e de uma tomada de consciência do corpo — o que chamamos de “eu” — como um espaço onde se confrontam o interior e o exterior, e as camadas que estes engendram. O filme toma como exemplo os meus pais, que namoraram sobretudo por correspondência, e os aspectos romantizados das suas interacções no Portugal fascista do final dos anos 60, entre a imigração (mãe) e a guerra colonial (pai). “Love Song” rejeita qualquer forma de identificação. Começou como uma peça áudio, uma banda sonora para um filme que ainda está a ser feito e que se transformará noutra coisa. O filme trata as convenções da narrativa e a forma como têm sido manipuladas pelo capital, ligando o Romantismo (o movimento do século XIX) e o Capitalismo (o uso moderno da palavra desde o século XIX) e os sistemas binários fomentados pela biologia e pela religião, para questionar as formas de produção e as mudanças que geraram na Europa e no Ocidente. “Love Song” tenta abordar os usos e abusos da palavra “amor” e a forma como esta é apropriada nas sociedades ocidentais neoliberais num contexto de colapso iminente dos sistemas sociais e naturais.

    Pedro Barateiro, Love Song, 2023-24 HD, cor, som, 40 min

    Com Adelina Barateiro, Jasmim Barateiro, BLEID, Scúru Fitchádu, Herlander e Maria Reis.

    Este filme foi possível com o apoio da Fundação la Caixa, Barcelona, Kunsthalle Münster e Contemporânea. Todos os direitos reservados aos detentores dos direitos de autor.